O Príncipe herdeiro

A decisão se impunha: socorrer o pai, enviando reforços e desguarnecendo o castelo ou garantir a segurança própria e manter as tropas perto de si?

Era o dilema do pequeno príncipe, deixado como regente pelo pai que fora defender o reino em terras distantes e agora encontrava-se em dificuldades.

Que decisão tomar?

Foi à Capela rezar. Para seu coração de filho, a solução era socorrer o pai. Mas… o castelo desguarnecido colocava em perigo o próprio reino. E havia notícias de tropas agressoras por perto…

Em nenhum momento o pequeno príncipe pensou que, tomado o castelo, ele mesmo estaria em perigo. Causava-lhe aflição ver o pai em tão grande risco.

Saindo da Capela decidiu: enviaria todos reforços possíveis. Queria tudo, menos perder o pai. E assim foi feito.

Manteve junto a si apenas os empregados. E esperou rezando.

Mas por pouco tempo: as tropas invasoras atacaram o castelo. Os poucos remanescentes fizeram uma defesa heroica. Apesar disso, os invasores ameaçavam os aposentos do príncipe.

De repente, não muito longe, ouve soar as trombetas dos regimentos do Rei. Os invasores ficam confundidos e voltam-se para enfrentá-los. Inutilmente. As tropas caem sobre eles como um raio, o Rei abre caminho com seus melhores soldados até onde está o príncipe e põe em fuga os poucos adversários que lá tinham chegado.

Garantida a vitória, pai e filho, Rei e Príncipe se abraçam.

* * *

Assim desenrolou-se a peça de teatro encenada para os pais na casa dos Arautos em Curitiba. Era o dia dos pais.

Missa, apresentação de conjunto musical com flautas e percussão, sorteio de lembranças para os pais e um saboroso lanche completaram as atividades deste dia. Os jovens aspirantes puderam assim externar seu afeto por aquele a quem devem a vida.

Foi uma tarde inesquecível para seus 200 participantes.

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