Tríduo Pascal em Curitiba

As grandes esperas trazem alegrias enormes, isto foi justamente o que aconteceu durante esta Quaresma. Período de penitência onde a liturgia se revestia da cor roxa, as flores abandonam os altares, a música instrumental não é ouvida, etc.

Tudo nos preparava para a comemoração da Paixão de Cristo na Sexta-feira Santa, esta foi celebrada pelo Revmo. Pe. Ryan Murphy, EP, na sede dos Arautos do Evangelho em Curitiba com a participação dos familiares dos alunos do projeto Futuro e Vida, dos Vizinhos e Terciários, realmente foi uma cerimônia muito abençoada, com a recitação da Via Sacra logo em seguida, que tanto nos ajudou a sofrer um pouco com o Nosso Redentor.

No Sábado Santo mudou completamente o ambiente, vou a alegria, voltaram as flores, a música e tudo o que maravilha nas Celebrações Eucarísticas, é a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a festa máxima da Igreja Católica, sem a qual, como nos diz o Apostolo São Paulo, a nossa Fé seria vã.

Que o Cristo Ressuscitado seja a nossa força e a nossa certeza da vitória, apesar deste mundo conturbado em que vivemos, passamos dizer sempre: Cristo morreu e ressuscitou, portanto venceu o pecado e a morte, tenhamos sempre esta confiança.

Feliz Páscoa para todos!!!

O MAIOR ERRO JUDICIÁRIO DA HISTÓRIA

De um jovem Magistrado, frequentador habitual deste blog, recebemos uma análise estritamente jurídica do julgamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. É uma análise serena, própria a ajudar avaliarmos a enormidade do crime monstruoso constituído pela Paixão e Morte de nosso Divino Redentor.

Transcrevemos a seguir:

O MAIOR ERRO JUDICIÁRIO DA HISTÓRIA

“A condenação de Nosso Senhor Jesus Cristo representa um tema inesgotável pela sua riqueza religiosa. Contudo, a Paixão de Jesus também merece ser refletida sob o seu aspecto jurídico, pois sua morte representa o maior erro judiciário da História.

O beijo de Judas – Giotto

A prisão, condenação e crucifixão de Nosso Senhor violaram as leis vigentes à época. O seu julgamento não encontra qualquer amparo jurídico a servir de fundamento para tamanha atrocidade, pois, em verdade, Jesus não foi submetido a um processo de condenação, mas sim à execução de uma vingança.

A prisão de Nosso Senhor é maculada por graves ilegalidades. A captura de Jesus foi realizada sem qualquer mandado judicial ou ordem formal, além de ter sido comprada por trinta moedas de prata, dadas a Judas como pagamento pela tarefa de conduzir os soldados até o Messias.

Prisão de Jesus
“Deixai ir a estes”

Não bastasse tamanha irregularidade, os soldados prenderam Jesus utilizando-se de espadas e varapaus e empregando contra Ele tratamento degradante, à época aplicado somente aos ladrões e assassinos. O princípio jurídico, válido em todos os tempos, de que o réu é inocente até prova em contrário, foi violado já na prisão.

O uso da força ou violência só se justificaria se Ele oferecesse resistência. Pelo contrário, Jesus não ofereceu qualquer resistência e caminhou em direção aos seus captores, com a serenidade e confiança próprias à sua divindade.

Deu ainda exemplo de lealdade para com seus Apóstolos, isentando-os, quando disse: “Se é a Mim que procurais, deixai ir a estes”.

Julgamento à noite

As ilegalidades, contudo, não cessaram aí. Pelo contrário, apenas começavam. Após ser preso, Jesus foi conduzido para o interrogatório. A audiência foi realizada à noite, sem qualquer publicidade, em flagrante violação à lei da época que proibia qualquer julgamento antes do nascer do sol. Para mascarar essa ilegalidade, a sentença só foi ditada no início da manhã seguinte, diante do Sinédrio — convocado às pressas —, criando um falso ambiente de solenidade.

Jesus ante Pilatos

A execução da sentença foi ato contínuo à condenação, quando a lei da época exigia o prazo mínimo de dez dias entre a sentença e a aplicação da pena. Este prazo era dado para eventual recurso em favor do condenado, ou a apresentação de fatos comprobatórios de erro na sentença.

Jesus foi executado na sexta-feira, o que era proibido pelas leis judaicas, pois a morte e posteriores providências violariam o sábado, dia santo para os judeus. Como é sabido, o sábado judaico começa ao por do sol da sexta-feira. É essa a razão pela qual mandaram quebrar as pernas aos supliciados, não quebrando as de Jesus por já estar morto.

É também a razão da pressa em sepultá-lO “antes do por do sol”.

Pilatos reconhece a inocência… e manda flagelá-lO
Pilatos lava as mãos

Anteriormente à sua saída para o Calvário, Jesus foi chicoteado por ordem de Pilatos. Atitude inteiramente contraditória, pois seguia-se às palavras de Pilatos: “Não encontro crime nenhum neste homem; vou mandar chicoteá-lo e soltar”. Absurdo para um juiz: reconhece a inocência, mas manda castigá-lO.

Embora a lei judaica só permitisse no máximo quarenta e nove chicotadas, Nosso Senhor suportou mais de duas mil, segundo abalizados estudos realizados no Santo Sudário de Turim.

Torturas físicas e morais
Jesus flagelado e coroado de espinhos

Seguiu-se outro tormento, este não ordenado por Pilatos: Vestiram Jesus com o manto que usavam os loucos, coroaram-nO com um capacete de espinhos, puseram-Lhe nas mãos uma cana, à guisa de cetro, vendaram-Lhe os olhos e o esbofeteavam, interpelando-O para que adivinhasse quem lhe batera. Às bofetadas, acrescentaram os escarros em seu rosto e pancadas com a cana sobre a coroa de espinhos.

Ou seja, um misto de tortura física e moral… feita a quem pouco antes Pilatos dissera “não ver crime neste homem”. E, injustiça sobre outra: os executores dessas torturas não tinham nenhuma ordem judicial de assim procederem.

Duplicidade de acusação

Nosso Senhor foi alvo de muitas acusações, todas elas não provadas.

Por se apresentar como Filho de Deus, Jesus foi acusado de blasfêmia, e usurpador dos títulos divinos, por ser chamado de Messias. Mas, para tentar convencer Pilatos, governador romano, pagão e cético, o Supremo Conselho, afrontando mais uma vez as leis da época, mudou a acusação que pesava contra Jesus, passando a apontá-Lo como agitador político, acusando-O de incitar ao descumprimento das leis de César.

Testemunhas foram preparadas para depor contra Jesus. Mas, mesmo pagas, as testemunhas falsas se contradisseram, não conseguindo disfarçar todo aquele teatro arquitetado contra Nosso Senhor.

Conjurado a autoincriminar-se
“Eu te conjuro…”

Ao inquirir Jesus, Caifás usou de um expediente duplamente ilegal, pois o queria obrigar sob juramento: “Em nome do Deus vivo eu te conjuro…” e assim se autoincriminar, o que é totalmente vedado em qualquer julgamento sério. Pretendia o sumo sacerdote ver Jesus se declarar publicamente como o Filho de Deus, o que, para os judeus, caracterizava o crime de blasfêmia.

Todavia, Jesus se mantinha sereno, pois nada do que dissesse mudaria a decisão previamente tomada pelo Sinédrio: afinal já estava condenado mesmo antes de ser preso. Esse arremedo de julgamento foi feito apenas para dar ares de legalidade a um crime. E que crime: o deicídio!

“Es então Filho de Deus?”

Cegos pela vingança, os judeus ignoravam todos os testemunhos dados por Jesus, seus milagres e grandes feitos. Fatos estes de conhecimento do geral do povo. Não teria Jesus dado prova bastante de que se tratava do Filho de Deus?

Pilatos declara-se incompetente para julgar… e entrega Jesus à morte

Depois de interrogado e condenado, Jesus foi levado até Pilatos, a quem cabia impor-Lhe a pena de morte. Vendo que em Jesus não existia culpa alguma, Pilatos reinquiriu o condenado, não se limitando a ratificar a sentença proferida por Caifás.

Sentindo o peso de condenar um justo, Pilatos declarou-se incompetente para julgar Nosso Senhor, transferindo para Herodes a responsabilidade, sob o argumento de ser Jesus galileu.

Mas Herodes, já manchado com o sangue de João Batista, não quis ser autor de um novo assassinato, e por isso devolveu o julgamento de Jesus à responsabilidade de Pilatos.

O que levou Pilatos a condenar

Receoso de parecer pouco zeloso dos direitos do Imperador, Pilatos rendeu-se aos clamores do populacho, e em um gesto de covardia condenou Nosso Senhor à crucifixão. Apesar de continuar a “não ver nele nenhum crime”!

Contraditoriamente, lavou as mãos, em sinal de protesto contra a sentença que lhe extorquiram. Preferiu garantir-se o posto, a cumprir seu dever de imparcialidade, manchando-se desse modo com o sangue do Justo. Desse modo tornou-se o juiz mais injusto em toda a história da humanidade”.

A Santa feia

Normalmente somos levados a julgar muitas coisas pela sua simples aparência física. Temos certa razão, mas não se pode tomar algo meramente natural como critério de bondade, sobretudo de bondade sobrenatural, ou seja, de virtude ou santidade. Quantas vezes uma fisionomia agradável, simpática mesmo — ao menos à primeira vista — esconde um mau caráter, um mau gênio.

O contrário também é verdadeiro: uma fisionomia feia pode ser de uma bela e virtuosa alma.

Um exemplo real nos ajudará a ver bem esse problema.

É bem verdade que uma alma virtuosa tende a conformar o corpo, especialmente a fisionomia. Mas Deus pode por exceções a essa regra, no intuito de vermos a superioridade do espírito sobre a matéria, da graça sobre a natureza.

É o caso de Santa Joana de Valois, princesa, filha, irmã e esposa de reis.

Joana, segunda filha do rei Luís XI, veio ao mundo com feiura de rosto, sardenta e deformada de corpo. A tal ponto que o rei, seu pai mandou-a, ainda recém-nascida, morar bem longe da corte, sob os cuidados de monjas.

Joana, entretanto, foi ali educada num ambiente de serenidade e benquerença. As monjas viam nela, com em todos nós, uma alma remida pelo Sangue infinitamente precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por esta razão, dispensavam-lhe todo afeto e desvelo; mais ainda: davam-lhe uma esmerada formação, tanto humana como religiosa. Educada assim, as virtudes desabrocharam precocemente em sua alma.

Joana, bem educada e instruída na religião, logo ao despertar da razão consagrou-se a Deus e a Nossa Senhora. A par de sua instrução e progresso na virtude, foi educada como aquilo que era: uma princesa real. A Providência divina incentivava assim, ao lado da santidade uma verdadeira princesa, que veio a ser… Rainha.

Luís XII – esposo de Santa Joana

Aos 12 anos — as coisas eram precoces naquela época — o pai a fez contrair matrimônio com um contra-parente, futuro herdeiro do trono e que veio a ser, de fato, Rei da França.

No período anterior à sua ascensão ao trono, o esposo a humilhava frequentemente em público e dizia para quem quisesse ouvir, que a odiava. Apesar disso, pelo fato do esposo ter sido preso e condenado à morte por promover uma revolta contra o Rei, Joana defendeu-o valorosamente no julgamento.

Enquanto aguardava a execução, o Rei morreu e o esposo passou a ser o novo Rei. Consequentemente, Joana passou a ser a Rainha.

Como “agradecimento” pelo devotamento de Joana como esposa, com quem nunca conviveu (só estiveram juntos na cerimônia de casamento), obteve a declaração de nulidade do matrimônio e, jeitosamente, exilou-a, dando-lhe o Ducado de Berry.

Joana, agora Duquesa de Berry, foi exímia no governo e promoção do bem estar dos súditos, e amparo dos pobres. O ducado de Berry era soberano, tendo ela dito: “a Providência assim o permitiu, para que eu fizesse algum bem às almas. E agora, sem estar sujeita a homem nenhum, posso fazer o bem plenamente”.

Um dos bens que Joana fez à França e à Igreja foi fundar uma ordem religiosa, a Ordem da Anunciação, na qual, logo que deixou bem encaminhado os negócios do ducado, fez-se admitir, trocando as vestes de duquesa pelo simples hábito religioso, pois tornara-se esposa de Cristo, Rei dos Reis.

Catedral de Bourges, no Ducado de Berry – Santa Joana rezava aí com frequancia

Depois de curto noviciado, pronunciou os votos perpétuos e passou a levar uma vida de oração, e caridade. Muitos de seus contemporâneos a tinham como santa já em vida.

Uma das principais intenções de suas orações e penitências era pelo seu pai, seu irmão e seu esposo.

Faleceu aos 40 anos, foi beatificada em 1742 e canonizada pelo Papa Pio XII, em 1950.

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Como diz bem um escritor (*) “é preciso dar graças a Deus de que, pelo menos no campo da santidade, não se cometa a injustiça da supervalorização da beleza física; e de que ao menos Ele, não liga para corpos desajeitados, mas sim para almas luminosas”.

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(*) José M. Descalzo em sua obra “Razões de viver”.

MÚSICA, JOGOS E CORTAR O BOLO

Das múltiplas atividades recentes dos Arautos do Evangelho escolhemos três, um pouco ao acaso, para ilustrar este post. Como se pode ver por este e por anteriores posts, a gama de atuação dos Arautos do Evangelho é, graças a Deus, muito diversificada e ampla. Essa gama não se restringe ao conjunto dos posts já publicados, mesmo somados a este. Para o internauta ter uma ideia mais completa acesse o ícone na página inicial, à direita, no alto: “O mundo dos Arautos”.

Projeto Futuro e Vida – Objetivo

Com muita assiduidade, os Arautos promovem nos colégios de várias cidades do Brasil este projeto. Desta vez, em Curitiba, foi a vez da Escola Estadual Polivalente.

O objetivo do Projeto Futuro e Vida é motivar o jovem a desenvolver a sua cultura e o gosto pelas artes cênicas e musicais, através de um ensino vivo e rico em ética, história e cidadania; oferecer o esporte como meio de lazer, ajudando na formação de uma mente sã num corpo sadio.

É uma proposta cultural: proporcionar às novas gerações a alegria do bom comportamento e da retidão, oferecendo, por meio da música , do teatro e do esporte, uma nova opção aos jovens, a fim de formar um mundo melhor.

Visa incutir no coração de cada jovem ou adolescente um sadio ideal, para que ele se torne um difusor desses valores para a sociedade. É, ao mesmo tempo, uma oportunidade para melhorar o rendimento escolar, a qualidade de vida e a inclusão social.

A apresentação na Escola Estadual Polivalente foi coordenada pelo Pe. Ryan Murphy, EP, assistente espiritual dos Arautos em Curitiba. Com sua vivacidade habitual, o Pe. Ryan deu uma ênfase especial à participação ativa dos alunos na apresentação de modo a se sentirem não meros assistentes, mas integrantes da apresentação. Por exemplo, os instrumentos de percussão foram tocados pelos próprios alunos na execução da pitoresca música “O trenó”, de autoria de Leopold Mozart, pai do famoso Mozart.

Outros modos de participação também foram realizados, bem como os alunos prestarem suas opiniões, sugestões, etc. Houve um número, entretanto, que os alunos participaram pelo chamativo com que é executado: percussão sincronizada, durante o qual cada participante joga uma das baquetas para outro, “lutam” com as mesmas como se fossem espadas; isso tudo sem perder o andamento da execução.

Fim de semana movimentado

Os alunos sorteados — boa parte deles acompanhados pelos pais — participam de atividades recreativas e culturais na casa dos Arautos: treino de defesa pessoal, exercícios de vivacidade, jogos, etc. Após um suculento lanche — para feitio do qual, várias mães ajudaram — houve uma palestra de formação constando da análise de diferentes ambientes e situações e os ensinamentos que trazem à vida.

Participaram destas atividades cerca de 100 jovens e familiares.

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Três aniversariantes

Pai e filho aniversariando no mesmo dia: deve ter sido um belo presente para o pai, ver o filho nascer no seu aniversário. O terceiro, acompanhado dos pais, não cabia em si de alegria.

Foi pitoresco ver pai e filho segurarem a mesma faca para cortar o bolo de aniversário. E houve até discurso dos aniversariantes.