MALES QUE VEM PARA BEM

Um lapso involuntário. Mas dele podemos tirar um fruto extra.

Deixamos de postar as fotos e a matéria sobre o encerramento do ano letivo no Colégio dos Arautos do Evangelho em Curitiba. Assim, o que será novidade para muitos, servirá para avivar as saudades de outros, presentes a este ato tão decisivo na vida de vários dos alunos.

A solenidade realizou-se na igreja de Santa Maria Goretti, com a participação do corpo docente e alunos de ambos ramos (masculino e feminino) do Colégio Arautos do Evangelho em Curitiba. Uma Missa celebrada pelo Pe. Ryan Murphy, EP, abriu a sequência dos atos.

Após esta, houve a entrega dos diplomas e medalhas aos alunos que demonstraram melhor aproveitamento. A mesa era formada pelo Pe. Ryan Murphy, pela diretora do Colégio, Irmã Maria Suzana Moreira Carneiro, EP, a coordenadora pedagógica, Profª Heloisa Helena Alves Passarella, e representantes do corpo docente.

Seguiu-se a confraternização da qual participaram professores, alunos e suas famílias. Era patente o clima de alegria, proveniente em boa parte da certeza do dever cumprido.

DIFERENCIAL DO COLÉGIO

Além de proporcionar aos educandos a aquisição e ampliação do saber, por meio das diversas disciplinas, e de incentivar cada um a desenvolver suas potencialidades individuais, o Colégio Arautos do Evangelho — como deve ser todo colégio católico — tem como pressuposto despertar nos alunos o interesse por realidades mais altas, levando-os a considerar todas as coisas sob o prisma da verdade, do bem e do belo.

Tal método de ensino — diametralmente oposto tanto às áridas abstrações racionalistas quanto à mentalidade materialista e egoísta do mundo hodierno — permite ao estudante abeberar-se nas palavras de vida eterna, procuradas com avidez pelo coração humano.

Graças a essa visão pedagógica, que abarca de modo harmônico e coerente a Fé e os vários ramos do conhecimento, formando um verdadeiro unum, o Colégio Arautos do Evangelho obtém sucesso na educação da juventude.

O jovem terá, dessa forma, condições de ser um elemento ativo para a mudança da sociedade, ao longo de toda sua vida. Planta-se uma semente nos corações deles, que irá desabrochar quando forem adultos.

2015: ESPERANÇAS E APREENSÕES

Houve um tempo em que cada um de nós foi imensamente feliz. “Oh! que saudades eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais!”— canta um famoso poeta brasileiro. Bem soube ele exprimir em seu poema o tempo da nossa inocência primaveril.

Naqueles dias, tudo nos encantava: as cores das asas de uma borboleta, os esforços de uma formiguinha para carregar uma folha muito maior do que ela, os cambiantes desenhos das nuvens, formando ora um rosto, ora a silhueta de algum animal; mais ainda, as árvores de Natal, carregadas de luzinhas e bolas coloridas. Em outras ocasiões, nos maravilhávamos com uma cerimônia na igreja paroquial, ou com um presépio no qual, silenciosos e recolhidos, estavam São José e Nossa Senhora velando o Menino Deus.

Verdade é que, naquele ditoso tempo nossa inocência ainda não enfrentara a luta, a qual se introduz de modo paulatino em nossa vida já nos primeiros anos de escola: o esforço para cumprir o dever, o estar longe do lar, o comportamento agressivo de certas amizades. Com o correr dos anos, outros interesses vão absorvendo nossa atenção, e por fim nosso mundo encantador é, infelizmente, com frequência quebrado e manchado por nossas próprias faltas.

Conservar a inocência até a idade adulta é um dom de Deus, e hoje poucos o conseguem. Contudo, recuperá-la talvez seja dádiva ainda mais preciosa, e isso está ao alcance de todos, por meio do confessionário e da emenda de vida.

Através desse prisma pessoal, podemos considerar devidamente a situação do mundo e nos perguntar, uma vez mais, o que trará este Novo Ano: catástrofes ou alegrias? Se trilharmos as vias do pecado, correremos um sério risco de sermos abalados e arrastados pelos turbilhões amargos dos acontecimentos. Todavia, se nos mantivermos na inocência, ainda que apareçam situações trágicas diante de nós e as calamidades rujam ao nosso redor, conservaremos a alegria, a paz interior e a verdadeira felicidade, na certeza inabalável de que Deus vela por nós.

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(Adaptado da revista Arautos do Evangelho, nº 97, janeiro de 2010, p. 5. Para acessar o exemplar do corrente mês clique aqui )

Ilustrações:Arautos do Evangelho, Studad