Inocência, o paraíso que não se pode perder

Na cerimônia do Batismo ouvimos as palavras do sacerdote pedindo a Deus graças para que a criança leve por toda a vida a sua inocência íntegra e imaculada como é alva a roupa que veste.

De fato o encanto que têm a criança batizada é praticamente universal e, quando tem a infelicidade de perder a inocência, suscita sentimentos como os do poeta: “Ah! Que saudades que eu tenho da aurora da minha vida…”

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Beleza feita de água… e gelo

Abandone por alguns instantes, leitor, as suas preocupações do dia-a-dia e deixe-se maravilhar por estas fotos das Quedas do Niágara. Em seguida, feche os olhos do corpo e abra os da imaginação para ver estas cataratas sem seu contínuo estado de movimento e renovação. A cada minuto que passa são toneladas de água que se despenham, batendo nas rochas embaixo, num ensurdecedor ruído de “trovão”.

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A semente da honestidade

Numa fértil região da Europa a proprietária de um grande e belo vinhedo recebera a notícia de que sua melhor administradora deixaria o emprego ao cabo de dois meses.

Punha-se então o problema de conseguir uma substituta de confiança, como o era aquela que deixaria a função. O modo como ela escolheu foi pitoresco.

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O que queres de mim?

Conta-se de certo filósofo grego tornado famoso pelas suas máximas de sabedoria, que, embora pagão, seu estilo de vida calmo, em harmonia com a natureza —em nada poluída pelos desvarios modernos — possibilitava-lhe cogitar de temas elevados. Tornara-se deste modo um ponto de atenção e até de admiração da sociedade da época.

Entretanto — diríamos em um português arcaico — “eis que se não quando”, ou seja, certo dia…


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Por que Deus permite o sofrimento?

No decorrer de uma palestra um jovem — aliás, bem jovem — perguntou ao Mons João Clá: (*)

Monsenhor, Deus nos chama para sermos eternamente felizes. Por que nesta terra, entretanto, ele permite sofrimentos?

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Não é preciso ser nenhum Sherlock

Certas figuras de ficção atravessam gerações. Uma delas é Sherlock Holmes, o perspicaz detetive inglês.

Ficou famoso pela capacidade de deduzir certezas a partir de vestígios insignificantes: pelo fato de determinada porta estar trancada, haver um pouco de cinza de cigarro num canto, ou outros detalhes, Sherlock podia chegar à solução de casos indecifráveis.

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Indo além das estrelas

Santa Terezinha do Menino Jesus refere-se ao céu material que vemos como “o belo avesso do Céu” dos bem-aventurados. E é bem isso: a realidade material da natureza que vemos é realmente um “avesso” — o lado menos bom de um tecido. Mas Deus em sua infinita misericórdia fez para nós um “avesso” muito belo; vendo-o podemos imaginar o prêmio eterno que nos aguarda se nessa vida vivemos conforme a vontade de Deus.

Foi contemplando — e, por assim dizer, mergulhando nesse “avesso” que uma jovem senhora chegou a conclusão de como ver o outro lado: o caminho para o prêmio que Deus reserva aos seus.

Como ela chegou até lá? Continue lendo Indo além das estrelas

Por acaso?

Alguém entra na cabine de avião da foto ao lado e depois de examinar um pouco diz para si mesmo: “Deve ser obra do acaso; o vento foi juntando as peças e deu nisso. Simples acaso”.

O que diriam os engenheiros, projetistas, etc sabendo desse juízo a respeito de algo – trata-se da cabine do Concorde – que levou mais de 20 anos para ser projetado, construído, testado, etc? Com toda razão achariam que o “alguém” que emitiu tão disparatado juízo, não está com a cabeça em ordem…

Pois bem, vejamos algo muito mais complexo que a cabine do Concorde. Poderá ter sido obra do acaso? Continue lendo Por acaso?

Peixe fresco

Os japoneses sempre gostaram de peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não são piscosas.

Os pescadores começaram a pescar mais longe. Levavam mais tempo para voltar, e o peixe já não era fresco. Os japoneses não gostaram.

Instalaram congeladores em seus barcos. Pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Mas os japoneses notaram a diferença.

Colocaram tanques de água: os peixes ficavam empilhados como “sardinhas”. Por falta de espaço não se moviam mais. Chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Os japoneses notaram a diferença.

Como resolveram este problema? Como trazer peixe fresco?

olocaram um pequeno tubarão em cada tanque. Este comia alguns peixes, mas a maioria chegava “muito viva”… e fresca.

Tudo porque enfrentavam dificuldades.

* * *

Portanto, quando aparecerem dificuldades, lute para vencê-las.

Assim, você chegará como “peixe fresco” ao porto chamado eternidade.

E lembre-se: quando Deus permite as dificuldades e em alguma delas você se sente fraco, é sinal que Ele quer que você peça ajuda. Reze. Deus é Pai, Nossa Senhora é Mãe.

E lhe ajudarão.

Ilustrações: Arautos do Evangelho, wiki.

Função social da beleza

O sentimento estético é eminentemente social. Ele é fator de simpatia, de satisfação e deleite. Diz-se que o bem é eminentemente difusivo. Da beleza podemos dizer que ela é eminentemente comunicativa. Quem saboreou a pulcritude aspira a comunicar aos outros suas emoções, sua admiração, sua deleitação, sua satisfação.

Com efeito, é manifesto que a beleza consegue esse prodígio de fazer vibrar as almas em uníssono, criando uma forma própria de unidade espiritual que transcende os conflitos. Tais sentimentos, produzidos pela beleza, fazem dela um caminho fácil e aprazível para chegarmos até Deus. Caminho este consagrado por São João Paulo II como “Via Pulchritudinis”, cuja eficácia é atestada por uma infinidade de fatos históricos.

Clóvis, o primeiro rei cristão da história, foi batizado por São Remígio no Natal do ano 496. Para este dia, Santa Clotilde, sua esposa, mandou ornamentar, belamente a Catedral de Reimes, a praça e ruas adjacentes. Narram os cronistas que o bárbaro rei, ao aproximar-se do Santo Bispo, perguntou-lhe, emocionado: “Pai, isto já é o Céu!”. Ao que o Santo respondeu: “Não, filho, este é o caminho do Céu!”. Neste belo episódio histórico podemos ver um primeiro serviço prestado pela beleza à evangelização dos povos, enquanto instrumento da graça divina.

Vitrales – Basílica de St-Remi – Reims, Francia