QUANDO O DEMAIS NÃO É SOBRA

 

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É frequente ouvirmos, a esse ou aquele propósito, a expressão “Tudo de mais é sobra”. Há, porém, certas coisas que, mesmo sendo “demais” não são “sobra”.

Só em enunciar isso, já ocorrerá ao caro internauta certas coisas que não são “sobra”, mesmo sendo “demais”: amor a Deus, paz de alma — e no mundo —, entre muitas outras.

Vejamos algo que, mesmo quando for “demais”, nunca sobrará.

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ESCOLHA SÁBIA

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O que você diria de alguém que quisesse criar uma organização para conquistar o mundo, e para tal recrutasse pessoas sem instrução, exercendo ofícios pouco cotados, sem praticamente nenhuma projeção social, sem recursos financeiros, etc.?

Dir-se-ia que esse alguém não teria a mínima possibilidade de êxito e talvez fosse taxado de visionário ou inconsequente, pois não estaria reunindo as mínimas condições de sucesso.

E, se fosse possível dar um salto no tempo, ver qual foi resultado, décadas ou séculos depois, o que encontraria?

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RECUSARÁS ESTE AMOR?

Uma das situações mais próprias a despertar a confiança e o amor a alguém é saber-se também amado por aquele a quem amamos. Há, porém, uma outra situação que nos leva a amar ainda com mais intensidade e afeto este alguém: é saber que ele nos amou antes de nós o conhecermos, que por amor a nós fez maravilhas e padeceu atrozmente para manifestar esse amor. É sobre esse amor que trata o Mons. João Clá, Fundador e Superior Geral dos Arautos do Evangelho no artigo que a seguir transcrevemos.

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UM GRANDE MOSAICO

Mesmo para uma pessoa de cultura mediana é comum, ao mostrarmos determinada obra de arte, exclamar: “É pintura de tal pintor”. Se mostrarmos outra razoavelmente conhecida, ouviremos o nome de seu autor.

Por que?

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NETA DE DEUS

Fruto do preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, emana dos tesouros da Cristandade um brilho sobrenatural que os distingue dos monumentos e obras de civilizações pagãs, pois, acima dos valores artísticos, nota-se neles uma bênção pela qual remetem a um plano superior, metafísico, e deste ao divino. Como dizia Dante, as obras de arte dos homens são “netas de Deus”. (1)

Letícia Gonçalves de Sousa

Destacam-se nessa categoria as catedrais medievais, erigidas no tempo em que, segundo a feliz expressão de Leão XIII, “a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos”. (2) No conjunto dessas magníficas construções, brilha com especial esplendor a de Reims, erigida no século XIII em substituição ao templo carolíngio destruído por um incêndio.

Concebida como um hino de glória ao Criador, ela é adornada por2.303 estátuas e enquadrada por duas torres que se elevam a 81 metros de altura, parecendo querer se destacar da Terra e alçar voo em direção ao Céu.

Até 1825, ano em que foi coroado Carlos X, aí se realizavam as cerimônias de sagração dos monarcas da Filha Primogênita da Igreja. Era crença popular que o rei tinha a faculdade de curar os doentes de escrofulose, mal comum naquele tempo. Por isso, à saída do solene ato litúrgico, aqueles infelizes se aproximavam do soberano recém-coroado e este se detinha diante de cada um, dizendo: “Le roi te touche,Dieu te guérit — O rei te toca, Deus te cura”. Bela fórmula que revela a consciência de ser o homem apenas um instrumento nas mãos do Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Este estado de espírito despretensioso do Rei Cristianíssimo reflete-se também na própria simbologia da catedral que, pelo seu élan ascendente, convida todos a se reportarem continuamente ao Criador. As suas altivas torres recordam-nos que toda a nossa existência deve estar ordenada em função da eternidade. Sua singular beleza é obra demãos humanas, mas são as miríades de luzes sobrenaturais, dons de Deus, que a tornam uma verdadeira maravilha.

NO PÓRTICO, A RAINHA

No monumental pórtico de entrada está representada a mais grandiosa e a mais humilde das criaturas: Maria Santíssima. Receptáculo de todas as graças e eleita pelo Pai, sobre Ela pousou o Espírito Santo para gerar em seu claustro virginal o Esperado das nações, Nosso Senhor Jesus Cristo. Contudo, ao receber o entusiástico elogio de Santa Isabel, proclamou Ela sua pequenez e restituiu ao Altíssimo o inapreciável dom recebido: “A minha alma engrandece o Senhor, e exulta meu espírito em Deus meu salvador, pois Ele olhou para o nada de sua serva e desde agora as gerações me proclamarão bem-aventurada” (Lc 1, 46-48).

Se atribuirmos a nós mesmos a glória de eventuais êxitos, jamais gozaremos da felicidade do Reino Celeste. Seguindo, porém, os passos da despretensiosa Soberana da Restituição, alcançaremos as alegrias próprias àqueles que, por terem reconhecido o seu nada, são proclamados bem-aventurados e cantam eternamente nos Céus a glória de Deus.

Eis uma das mais belas lições transmitidas pela magnífica Catedral de Reims.

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(1) ALIGHIERI, Dante. Divina Comédia. Inferno, Canto XI, v.105.

(2) LEÃO XIII. Immortale Dei, n.28.

(Publicado originalmente na revista Arautos do Evangelho, nº 135, de março de 2013, p. 50-51.Para acessar o exemplar do corrente mês clique aqui )

Ilustrações: Arautos do Evangelho, Gaudium Press.

2015: ESPERANÇAS E APREENSÕES

Houve um tempo em que cada um de nós foi imensamente feliz. “Oh! que saudades eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais!”— canta um famoso poeta brasileiro. Bem soube ele exprimir em seu poema o tempo da nossa inocência primaveril.

Naqueles dias, tudo nos encantava: as cores das asas de uma borboleta, os esforços de uma formiguinha para carregar uma folha muito maior do que ela, os cambiantes desenhos das nuvens, formando ora um rosto, ora a silhueta de algum animal; mais ainda, as árvores de Natal, carregadas de luzinhas e bolas coloridas. Em outras ocasiões, nos maravilhávamos com uma cerimônia na igreja paroquial, ou com um presépio no qual, silenciosos e recolhidos, estavam São José e Nossa Senhora velando o Menino Deus.

Verdade é que, naquele ditoso tempo nossa inocência ainda não enfrentara a luta, a qual se introduz de modo paulatino em nossa vida já nos primeiros anos de escola: o esforço para cumprir o dever, o estar longe do lar, o comportamento agressivo de certas amizades. Com o correr dos anos, outros interesses vão absorvendo nossa atenção, e por fim nosso mundo encantador é, infelizmente, com frequência quebrado e manchado por nossas próprias faltas.

Conservar a inocência até a idade adulta é um dom de Deus, e hoje poucos o conseguem. Contudo, recuperá-la talvez seja dádiva ainda mais preciosa, e isso está ao alcance de todos, por meio do confessionário e da emenda de vida.

Através desse prisma pessoal, podemos considerar devidamente a situação do mundo e nos perguntar, uma vez mais, o que trará este Novo Ano: catástrofes ou alegrias? Se trilharmos as vias do pecado, correremos um sério risco de sermos abalados e arrastados pelos turbilhões amargos dos acontecimentos. Todavia, se nos mantivermos na inocência, ainda que apareçam situações trágicas diante de nós e as calamidades rujam ao nosso redor, conservaremos a alegria, a paz interior e a verdadeira felicidade, na certeza inabalável de que Deus vela por nós.

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(Adaptado da revista Arautos do Evangelho, nº 97, janeiro de 2010, p. 5. Para acessar o exemplar do corrente mês clique aqui )

Ilustrações:Arautos do Evangelho, Studad

O MAIS MISTERIOSO NASCIMENTO

Nas sombras do dia encontramos uma certa imagem do mistério,mas É sobretudo à noite que a linguagem do mistério é mais intensa e simbólica. E foi este o período escolhido por Deus para o nascimento de seu Filho Unigênito.

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QUEREMOS REALMENTE A PAZ?

Paz! Paz! — Poucas vezes em toda a História da humanidade se ouviu tanto este brado… e poucas vezes tivemos tanta falta dela.

Para não irmos mais longe, quantos e quantos dos que leem estas linhas, ao sair de casa pela manhã, recearam, alguma vez, não voltar vivo, ou ao menos íntegro, sem ter sido assaltado, por exemplo.

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CARTÃO DE VISITA

Imagine, caro internauta, alguém ansioso por ir ter com alguém capaz de trazer-lhe uma inteira satisfação de suas necessidades e trazer-lhe a felicidade mais completa. Mas, onde está esta pessoa? Como chegar a ela?

Em uma ocasião fortuita, alguém, sabedor de tal situação, diz-lhe saber bem quem é aquele que esta pessoa procura e… dá-lhe até um cartão de visita.

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CALEIDOSCÓPIO DE DEUS

Quem já teve a alegria de contemplar um caleidoscópio, deve ter ficado encantado com as sucessivas e inesperadas combinações de cores maravilhosas. Terá Deus um caleidoscópio?

Sim. E que “Caleidoscópio”! Vejamos…

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