Festa Julina

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O normal seria Festa Junina, pois é no mês de Junho que se comemoram três santos muito conhecidos: Santo Antônio, São João e São Pedro, porém este ano a festa dos Arautos foi no dia 3 de Julho e por isso foi dado o nome de “Festa Julina”.

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O dia não poderia ter sido melhor: No Brasil se comemorou a festa de São Pedro e São Paulo, as duas colunas da Igreja Católica.

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Foram mais de 400 pessoas que participaram, num ambiente de muita alegria, com comidas típicas e brincadeiras para as crianças e adultos.

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O mais importante sempre vem no final, mas desta vez se deu no início: a Santa Missa celebrada pelo Revmo. Pe. Ryan Murphy, EP.

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Aproveitamos para agradecer a todos os que colaboram com a festa, que a Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima possa recompensar a todos.

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Regina Fidei

Regina Fidei[1] Dente as inúmeras “pérolas” que constituem o cabedal de virtudes de Maria Santíssima, sem dúvida uma das virtudes teologais tem papel fundamental diante das outras: a Fé. Ela é o Speculum Iustitie[2], ou seja, o modelo exemplar acabadíssimo de todas as virtudes cristãs.

Nosso Senhor Jesus Cristo, como Filho de Deus que era, via claramente, ainda com sua inteligência humana, as verdades reveladas por Deus na mesma divina essência, e por isso não teve e nem podia ter Fé, que é incompatível com a visão. Com a Fé, cremos no que não vemos, fiados na palavra de Deus revelante, que não pode enganar-Se nem enganar-nos.

Neste sentido, Maria é o mais alto e sublime modelo de Fé que já existiu. Sua Fé foi excelentíssima sobre toda ponderação.

No Evangelho, Santa Izabel sua prima, divinamente inspirada, se congratula com Maria por sua Fé: “Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.[3]

Os Padres da Igreja reconhecem na Fé de Nossa Senhora o princípio de sua maternidade e de sua grandeza. Eles admitem como um axioma que fide concepit, fide peperit: “pela Fé concebeu, pela Fé deu a luz”.

Assim explica o grande teólogo, o Pe. Garrigou Lagrange em sua obra “La Mère Du Sauveur – Notre vie intérieure” (A Mãe do Salvador – Nossa vida interior): sua Fé infusa era, com maior razão, profundíssima, por seu objeto, pela revelação que lhe foi feita, o dia da Anunciação, dos mistérios da Encarnação e da Redenção, por sua santa intimidade com o Verbo Encarnado.

Ademais, subjetivamente sua Fé era mui firme, segura e pronta em sua adesão, pois estas qualidades da Fé infusa são tanto maiores quanto maior é esta. Maria recebeu a Fé infusa mais elevada que jamais existiu.

Assim, pois, não podemos fazer uma ideia da profundidade da Fé de Maria. Creu na Anunciação desde o momento em que lhe foi suficientemente dita a verdade divina sobre o mistério da Encarnação redentora.

Na Natividade, vê nascer seu Filho em um estábulo e crê que é o criador do universo; quando começa a balbuciar, crê que é a própria Sabedoria; quando deve fugir com Ele ante a cólera do rei Herodes, crê, sem embargo, que Ele é o rei dos reis, o senhor dos senhores, como dirá São João.

Durante a Paixão, Ela permanece ao pé da Cruz, firme sem desmaiar; não deixa de crer um só instante que seu Filho é verdadeiramente o Filho de Deus, Deus mesmo, que Ele é, que ainda que aparentemente vencido, é o vencedor do demônio e do pecado e que dentro de três dias triunfará sobre a morte pela sua Redenção. Este ato de Fé de Maria no Calvário, na hora mais escura, foi o maior ato de Fé que jamais existiu; o objeto era o mais difícil: Jesus alcançaria a maior vitória por meio da mais completa imolação.[4]


 

[1] Rainha da Fé.

[2] Espelho de Justiça.

[3] Cf. Lc I, 45.

[4] LAGRANGE, Garrigou. La Mère Du Sauveur – Notre vie intérieure. 3ª Edição. Madrid ; Rialp, 1990. P.  153, 154.