Normalmente peregrina-se a algum Santuário, a algum lugar sagrado, porém físico. Entretanto numa conferência, o Mons. João Clá nos fez uma agradável e magnifica surpresa: peregrinar dentro de um olhar.⁽¹⁾
E que olhar! Quanto mais caminhávamos dentro dele, tanto mais nos atraía para um ponto altíssimo, sublime. Trata-se do olhar da Imagem peregrina do Imaculado Coração de Maria esculpida sob orientação da Irmã Lúcia (uma das crianças que viu Nossa Senhora em Fátima), abençoada pelo Papa João Paulo II quando da aprovação dos Arautos do Evangelho.
Quem tiver a oportunidade — ousaria dizer, a graça — de vê-la, poderá constatar que não é uma imagem comum. Está na capela do seminário dos Arautos, em Caieiras, município vizinho a São Paulo. Ali, no silêncio da Serra da Cantareira, este olhar o espera, caro internauta.
Hoje, convidamos o caro visitante a deixar por instantes o bulício do dia a dia e acompanhar-nos nessa peregrinação. Para tal nos ajudarão algumas fotos da variedade de olhares, recolhidas um tanto ao acaso.
O olhar, sempre acolhedor, límpido, puro, imaculado a penetrar até os aspectos mais miúdos de nossas almas, olhando-nos com benevolência de Mãe, disposta a corrigir nossos menores defeitos, a perdoar as menores faltas, a animar nossas menores esperanças.
Ora é o olhar de uma atenção afetuosa como a ouvir o que temos a dizer-lhe.
Ou um olhar prescrutando o nosso futuro e o da humanidade, com o desejo materno de amparar o que nos leve a Deus ou afastar as circunstâncias nefastas a pulular no caminho de cada um de nós e da humanidade inteira.
Ora é o desejo de perdoar antecipadamente como Mãe terna e bondosa, não olhando tanto para a possível falta, mas sim para o filho — ou filha — necessitado de ajuda, de carinho. Um carinho que o mundo não dá.
Ora… Bem, ponha-se diante deste olhar e ouça as palavras maternas que só o coração escuta. Deixe um pouco o suceder imprevisto dos vários acessos ao alcance do mouse, pare um pouco e considere este olhar todo ele doçura e afeto.
⁽ ¹⁾ Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, anotações particulares do autor, 12/76.