Numa palestra do Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho, ouvi uma lúcida e bela explicação. Creio que vem bem a propósito para explicar as fotos que ilustram este post.
Como nós seres humanos vivemos no tempo, não conseguimos imaginar o que é um Ser — além do mais infinito — viver fora do tempo, na eternidade. Para Ele não há passado ou futuro: tudo é presente.
Creio ser tão difícil compreender isso quanto era o problema sobre o qual Santo Agostinho procurava a resposta,
Andando ele pelas poéticas praias do norte africano e deparar-se com um menino que ia e vinha, procurando encher um buraco na areia com água do mar:
—O que fazeis, menino?
— Quero colocar toda água do mar dentro deste buraco.
— Mas, você não vê que é impossível?
Voltando-se para o grande Santo Agostinho:
— Mais impossível é o senhor conseguir entender o que está querendo… — e desapareceu. Era um Anjo.
Tendo isto como fundo de quadro, as “cogitações” de Deus, explicam os teólogos, não são cronológicas. Assim, para criar as mães, Deus tomou como referência Aquela que seria a Mãe de seu Filho feito homem.
O amor pelos filhos que colocou no coração das mães é apenas um reflexo do amor que Maria Santíssima tem por Jesus e por nós, seus filhos adotivos.
Esse amor materno, do qual há amostras tão eloquentes cada dia, o fiel encontra ao aproximar-se de uma bela imagem de Nossa Senhora.
São Luís Grignion de Montfort usa uma comparação: se fosse possível juntar o amor de todas as mães por seus filhos não daria para igualar o amor que Nossa Senhora tem por cada um de nós. Mas é cada um mesmo: por mim, por ti caro leitor.
Observe isso nas fisionomias da imagem peregrina do Imaculado Coração de Maria que você vê nas fotos.