A precisamente 100 anos o mundo estava já a quatro anos convulsionado pela Primeira Guerra Mundial. Na primavera de 1918 os alemães lançaram uma desesperada ofensiva. Durante esta ocorreu o fato narrado a seguir.(*)
Era noite, todos dormiam na apertada trincheira, em plena Primeira Guerra Mundial. Todos, menos um jovem soldado. Fora extremamente fatigante aquele dia, nada mais desejava ele que descansar como os seus companheiros do batalhão, que caíram num pesado sono. Contudo, uma preocupação o impedia de dormir.
Não o inquietavam os perigos de um ataque noturno do inimigo, nem os riscos da batalha no dia seguinte, mas sim o fato de ter perdido seu escapulário de Nossa Senhora do Carmo, dado por sua mãe quando partia para a guerra.
Ele se lembrava bem que naquela tarde, depois de passar por uma cidade abandonada pelas tropas inimigas, os veículos do batalhão avançaram até uma antiga casa de fazenda localizada nas proximidades, e ali acamparam. Atrás da casa havia uma torneira e um tanque de água, oferecendo ótima oportunidade para lavar-se após um dia inteiro de combates.
O jovem pendurou calmamente a jaqueta ao lado da torneira, pôs em cima o escapulário e começou a ensaboar as mãos quando soou o alarme, estouraram tiros de morteiro, o batalhão recebeu ordem de avançar e desalojar o inimigo entrincheirado três quilômetros adiante. Mais uma hora de combate, e ei-lo ali, alojado na trincheira recém-conquistada. Mas seu precioso escapulário tinha ficado junto ao tanque.
Voltar agora para buscá-lo, era impensável. Tentou não pensar mais no assunto e dormir um pouco, mas, não conseguindo, decidiu enfrentar o risco: levantou-se discretamente, esgueirou-se por entre as sentinelas e correu até a casa da fazenda. Lá chegando, apalpou, na escuridão da noite, a torneira, os canos e objetos ao redor, o chão e nada encontrou! Quando procurava no bolso a caixa de fósforos, ouviu uma terrível explosão. O inimigo atacava, seu dever era voltar logo ao posto de combate.
Ao chegar junto à trincheira, deparou-se com uma cena espantosa: no exato lugar onde, poucos minutos atrás, dormiam seus companheiros, havia apenas uma enorme cratera. Antes de abandonar o local, o inimigo tinha armado ali uma bomba-relógio de grande poder destrutivo. Do improvisado dormitório restavam apenas objetos irreconhecíveis, lodo e rolos de arame farpado. Era ali que ele, há pouco, estivera deitado! Se não tivesse saído para procurar seu escapulário, também ele teria sido destroçado. Nossa Senhora do Carmo lhe havia salvo a vida!
Na manhã seguinte, qual não foi sua surpresa ao encontrar na cozinha do acampamento um companheiro de trincheira. – Eu pensei que você também tivesse voado pelos ares!
O outro, não menos espantado de vê-lo vivo, explicou: – De fato, eu já tinha me deitado, mas logo me levantei e fui procurar você. Enquanto andava pelo acampamento à sua procura, ocorreu a explosão.
– Bem, eu escapei por um fio de cabelo também. Mas… por que motivo você me procurava àquela hora da noite?
– Para entregar-lhe isto que você esqueceu junto ao tanque de água ontem à tarde.
Assim dizendo, devolveu ao jovem soldado o escapulário recolhido por ele na velha casa de fazenda.
Impressionante!!!
Que lindo esse fato! O escapulário sem dúvida é um escudo que nos protege do mal… Dois jovens salvos por Nossa Senhora do Carmo em plena guerra e destruição.
Parabéns aos Arautos do Evangelho por compartilhar esse lindo milagre alcançado, nos mostrando o quanto é importante o uso do escapulário de Nossa Senhora do Carmo!
Salve Maria!