“Passou fazendo o bem”. Assim São Pedro resume a vida de Jesus.
A figura divina de Nosso Senhor sempre se nos apresenta ora curando um enfermo, ora consolando um aflito ou ressuscitando um morto. O Evangelho narra que foi precisamente após ressuscitar Lázaro que os fariseus decretaram: “É preciso matá-Lo!”. Por que? Sim, por que, se Jesus só fez o bem?
O texto a seguir, de autoria do Prof. Plinio Correa de Oliveira nos esclarece bem esse mistério da iniquidade. Continue lendo Por que?→
Os aspirantes dos Arautos do Evangelho em Curitiba fizeram nestes últimos dias duas coisas aparentemente opostas, mas que levam ao mesmo objetivo: escolheram um caminho fácil para conseguir algo de imenso valor e um caminho difícil para exercitar o próprio arrojo juvenil. Acompanhemo-los em ambos.
O caminho fácil
O caminho fácil nos é ensinado por um Santo, São Luís Grignion de Montfort. Eis algumas de suas palavras:
“Maria é o meio mais seguro, mais fácil, mais rápido e mais perfeito de chegar a Jesus Cristo, e [por isso] se lhe entregarão de corpo e alma, sem restrições, para assim também pertencerem a Jesus Cristo” (1). “A devoção [a Nossa Senhora é] um meio seguro e sem ilusão, curto e sem perigo, imaculado e sem imperfeição, um segredo maravilhoso para chegar a Jesus e amá-lo perfeitamente” (2).
Por isso, e em conformidade com o carisma dos Arautos do Evangelho, cinco alunos do nosso Colégio consagraram-se a Nossa Senhora conforme o método de São Luís Grignion: entrega a Jesus pelas mãos de Maria.
Passam os novos consagrados a pertencerem a Nossa Senhora, mas em contrapartida Ela passa a amá-los mais especialmente. Diz São Luís Grignion: “Ela os ama ternamente, e com mais ternura que todas as mães juntas. Acumulai, se puderdes, num só coração materno e por um filho único, todo o amor natural que todas as mães deste mundo tem por seus filhos: sem dúvida essa mãe amaria muito esse filho. É verdade, entretanto, que Maria ama ainda mais ternamente seus filhos do que aquela mãe amaria o seu (3).
O caminho difícil
Este foi de uma natureza inteiramente diferente: os aspirantes, sob a orientação dos monitores Arautos e de alguns pais, foram a Corupá e lá escalaram a montanha, passaram pelos “precipícios” — sobre as pontes, é claro! — e refrescaram-se nas cascatas.
Foi uma alegre excursão, aliás, muito formativa: aprenderam a ter prudência, a evitar os perigos, e esforçar-se para atingir o objetivo. Atingido este, era notória sua alegria por ter conseguido vencer os obstáculos e , para alguns, como que realizado um sonho.
Na volta, aguardava-os uma suculenta refeição preparada por um grupo de mães contendo um tempero que só elas sabem por: carinho.
Objetivo: escalar o Morro do Canal, um dos pontos apreciados da Serra do Mar. Feitos os convites aos jovens que frequentam a casa dos Arautos do Evangelho em Curitiba, houve um “protesto” dos pais: eles também queriam ir!!
Em nossa “base de operações” o Pe. Ryan Murphy, EP rezou conosco para que Nossa Senhora fizesse tudo correr da melhor forma possível. Despedimo-nos e partimos para vencer os 1.359 metros de subida que nos aguardavam.
Foi uma experiência marcante a solidariedade e mútua ajuda entre pais e filhos. Os pais não se limitavam a ajudar os seus filhos, mas quando necessário auxiliavam e orientavam outros jovens.
Nessa região a Serra do Mar tem uma característica curiosa: ao divisarmos o topo de uma ondulação, pensa-se já ser o ponto final; mas não é: outra subida nos aguarda.
Por fim, para alegria geral chegamos realmente ao topo. Ali nos esperava um panorama magnífico: aos pés da Serra se estendia a planície costeira e… o mar!
Apesar de estarmos a muitos quilômetros de distância (quase 100, segundo nos disseram), estávamos a 1.359 metros de altura, sem nenhum obstáculo pela frente. No dia de céu límpido via-se claramente a água azulada e a linha do horizonte.
Contornamos algumas formações rochosas, escalamos outras e voltamos. Lá em baixo nos aguardava um suculento almoço preparado pelas mães. Os pratos tinham um tempero especial, de que todos gostam: carinho.
Pais e filhos comentavam com as mães algumas peripécias da escalada em meio a uma efusiva alegria.
Mas, tudo termina… O Pe Ryan rezou agradecendo a proteção de Nossa Senhora e voltamos a Curitiba, na esperança de, logo que possível, repetirmos um dia assim.
Normalmente peregrina-se a algum Santuário, a algum lugar sagrado, porém físico. Entretanto numa conferência, o Mons. João Clá nos fez uma agradável e magnifica surpresa: peregrinar dentro de um olhar.⁽¹⁾