LITURGIA CELESTE

A composição multisecular da liturgia da Igreja Católica e suas cerimônias visam refletir uma outra “Liturgia”, com “L” maiúsculo e eterna, que é nada mais, nada menos, que a Cerimônia Litúrgica por excelência celebrada pela Santíssima Trindade desde toda a eternidade.

A maravilha indizível, que só no céu teremos a graça de ver e compreender, que é esse convívio Divino das Três Pessoas, é manifestada em alguns de seus infinitos aspectos nas solenes cerimônias realizadas pela Santa Igreja na face da Terra.

Assim é que, em virtude desse desejo de, numa manifestação pública da fé, mas uma fé viva, que se traduz em obras, nesse desejo de trazer o Céu à Terra ou por outra, de elevar a Terra ao Céu, é que a Santa Igreja foi elaborando, através de seus pastores, ministros e inclusive fiéis (todos sob o sopro do Espírito Santo), as diversas cerimônias litúrgicas para servir de reflexo da vida e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas também da própria Santíssima Trindade.

Os atos são feitos com harmonia e cadência, que espelham a ordem do universo criado por Deus; os homens, seres mortais, concebidos no pecado original, são revestidos dos paramentos ou outras vestes litúrgicas, próprios a dignificá-los para o exercício de tão santas funções. Acabam eles sendo partícipes do mesmo Ofício Divino, que não faz nada que não seja para Sua maior glória. Revestidos eles assim de pulcritude, de beleza, manifestam a elevação do homem realizada por Deus através da graça santificante, a qual recebemos no batismo.

Enfim, todos esses conjuntos fazem parte de uma só unidade, todos eles se conjugam para juntos louvarem a Deus do modo mais perfeito aqui na Terra, a espera de podermos continuar esse louvor no Céu. É como um coral ou orquestra, cada um tem sua voz, seu timbre, dão até notas diversas, mas que se harmonizam e afinam, tornando-se agradáveis aos ouvidos. Assim é uma solene cerimônia litúrgica.

Assim foi o Primeiro Sábado do mês de setembro na Catedral Basílica de Curitiba, numa cerimônia que reuniu três importantes comemorações (Aniversário de Dedicação da própria Catedral, segundo dia do tríduo da Padroeira Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e a Devoção dos Primeiros Sábados do mês), os fiéis se sentiram mais próximos de Deus, sentiram mais a atmosfera Celeste e um pouco da eterna paz que gozarão juntos dos Bem Aventurados. Essa sensação, real e verdadeira, produzida pelos diversos elementos das cerimônias litúrgicas, deixou gravada no coração de cada um o selo de Deus, o “pulchrum”, ou seja, a beleza, reflexo da Beleza incriada, e que tanto é necessária para o mundo de hoje.

Papel preponderante para solenizar essas três importantes comemorações teve sua Excelência Reverendíssima Dom Rafael Biernaski, celebrante daquele dia. Santa Missa esta que foi concelebrada pelo Reverendíssimo Padre Ryan Murphy, EP (dos Arautos do Evangelho) e diaconada por dois diáconos também dos Arautos, os Reverendos Diáconos Celso Bruno e Tiago Rissi. Além de ter tida como cerimoniário o Reverendíssimo Padre Emmanuel Portela, Vigário da Catedral. Saibamos contemplar e admirar esses reflexos de Deus na Terra, assim nossa vida aqui, nesse “vale de lágrimas”, vai ter mais consolações e paz!