Já dizia o Conselheiro Acácio…

Muito mencionado, mas pouco conhecido. Não é raro ouvirmos em conversas e até mesmo em reuniões a seguinte frase: “Até lá chegou o Conselheiro Acácio!”
Mas… quem foi ele?
O Conselheiro Acácio é um dos personagens da obra “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz, escritor português dos século XIX.
Nessa peça o Conselheiro Acácio nasce em Lisboa. É tido na sociedade como grande conhecedor da moral, sempre defendendo os bons costumes. Homem alto, magro todo vestido de preto, com o pescoço fino num colarinho rígido. O rosto ia-se alargando até à calva, vasta e polida, e um pouco amolgada no alto. Era muito pálido e possuía avantajadas orelhas.
Este personagem expressava-se quase sempre com chavões e encharravascadas frases vazias, mas sobretudo tornou-se célebre por representar a convencionalidade e a mediocridade dos políticos e burocratas portugueses do fim do século XIX. É possível que o autor de “O Primo Basílio” tendo querido ridicularizar a moral Católica e os bons costumes, apresentando-os enquanto difundidas por um personagem risível.
Tendo em vista a formação dada pelo Pe. João em suas reuniões, o termo “Conselheiro Acácio” é usado por ele no seguinte sentido: certas afirmações são tão óbvias que seu enunciado se torna desnecessário e até pedante como, por exemplo: “A aurora nos trouxe a luz”.

Diego Faustino – Aluno do Colégio Arautos

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*