Há pessoas que acham serem os Mandamentos como que obstáculos que Deus põe no caminho e fica espreitando para ver quem tropeça e cai.
Nada mais longe da realidade do que essa ideia distorcida —e até ofensiva a Deus — do que são os Mandamentos. Vejamos porquê.
Os outros seres vivos, excluindo os homens, sendo irracionais, Deus em sua bondade deu-lhes instintos infalíveis, mas ao mesmo tempo obrigatórios. Alguns exemplos simples: os vegetais procuram o sol; não se vê animais com indigestão por terem comido além do que sua natureza pede. Poderíamos multiplicar os exemplos.
O homem, entretanto, é racional, é que o difere dos animais. Deus nos criou por bondade e ainda por bondade nos deu os Mandamentos, de modo semelhante — a comparação é apenas didática — ao fabricante de um aparelho que faz o manual de instruções. Ninguém melhor que o fabricante para fazê-lo.
Para vermos a razão de ser dos Mandamentos, tomemos alguns exemplos.
Imagine que não houvesse o sétimo Mandamento: Não roubar. Ou o quinto: Não matar. Uma sociedade em que fosse lícito roubar e matar se sustentaria mais de uma semana?
O que fica dito destes dois Mandamentos pode-se aplicar aos demais.
Deus em sua bondade nos deu o “manual de instruções” nos Mandamentos. E mais, nos deu a inteligência pela qual vemos racionalmente o que devemos fazer. Se, com a ajuda da graça, vemos e escolhemos o bem, ganhamos méritos e a amizade de Deus. Se, apesar de conhecer os Mandamentos, não os cumprimos, faríamos como alguém que joga fora o manual de instruções e acaba ligando um aparelho na voltagem errada, ou damos os comandos sem saber para que servem, danificando-o.
Se, pelo contrário seguimos os Mandamentos teremos a verdadeira liberdade e felicidade. Não haverá risco “curto circuito”… E nos aguardará o prêmio eterno do convívio com Deus. As asas que nos levam a Ele são os Mandamentos.