O caleidoscópio

Quem já teve a oportunidade de olhar através de um caleidoscópio se encanta com a variedade que um simples girar faz aparecerem as figuras mais encantadoras.

Isso é de tal modo que se quereria poder fixar cada uma das formações. Realmente daria uma bela exposição, se um fotógrafo apresentasse uma infinidade de combinações de um único caleidoscópio.

Nos poucos intervalos de sossego que a vida corrida de hoje proporciona, seria um salutar exercício se alguém se dedicasse não a um caleidoscópio comum, mas a observar o imenso, variadíssimo “caleidoscópio” posto por Deus na natureza para nos entreter, nos elevar até Ele.

A Escritura diz que os céus narram a glória de Deus. São Tomás de Aquino, “o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios” afirma que Deus deixou na criação “vestígios” de si mesmo. Se pararmos um pouco, fizermos um passeio num campo poderemos constatar a veracidade dessa afirmação.

Numa folha ao sol move-se uma joaninha. Quem não teve a vontade de colocá-la na palma da mão e contemplar aquela pequena joia que entretanto tem vida. De repente ela faz um voo e veem-se asinhas diáfanas, azuladas a levá-la a uma planta próxima.

Perto de nós está uma flor, pequena miniatura do lírio; mais além um flor maior da qual um beija-flor tira o seu alimento. Dir-se-ia que ele alimenta-se de perfume…

Seria um não mais acabar… Num pequeno espaço de terreno a variedade de formas de vida que se encontra é quase inesgotável.

Agora imagine o leitor poder fazer o mesmo com vários trechos de terreno em lugares variados do globo terrestre: no alto de um monte, na misteriosa Índia, nas pradarias outonais do Canadá, numa pequena ilha do Havaí, etc.

Foi o que tentamos fazer nas ilustrações deste post e na galeria que se segue.