Há pouco mais de um mês a Arquidiocese de Curitiba despedia-se de seu Arcebispo, Dom Moacyr José Vitti, CSS. As lágrimas, como não podia ser de outra forma, correram abundantes dos olhos dos fiéis, afinal, foram dez anos à frente desta tão importante Arquidiocese, sem contar os anos como Bispo auxiliar. Criou-se, assim, um forte vínculo entre o pastor e seu rebanho.
Como sucessores dos Apóstolos, os bispos são Príncipes da Igreja, chamados a, de maneira toda especial e particular, serem imitadores de Nosso Senhor Jesus Cristo, irradiando, desta forma, muito mais através do exemplo que de meras palavras, o bom odor de Cristo, sendo ao mesmo tempo sal da Terra e luz do mundo. Mas, ó paradoxo, “a messe é grande e os operários são poucos, pedi que sejam enviados mais operários à messe”, um operário se foi, ou melhor, foi colhido pela Providência Divina, eis que agora, como sói acontecer, o rebanho suplica ao Senhor por mais um operário.
É em meio ainda a atmosfera de saudades, de despedida, mas também de esperança e de um futuro cada vez mais promissor para nossa Arquidiocese, que todos aguardam a resposta do Divino Mestre sobre o novo escolhido.
Sendo a Igreja imortal, pois dela disse Nosso Senhor que “as portas do inferno não prevaleceriam contra ela”, sabemos que seu principal condutor e guia é o prórpio Divino Espírito Santo, entretanto, como plano da mesma Santíssima Trindade, quer Ela governar através de dignos ministros, visíveis, palpáveis, para mais facilmente ensinar aos homens que é possível, sim, imitá-La. Esse, entre tantos outros, foi o exemplo que sempre almejou nos dar Dom Moacyr, e assim deverá ser com todos os outros a quem o Senhor confiar tão grande, nobre e importante missão, que é a de ser Príncipe da Santa Igreja, sucessor dos Apóstolos, ter em si a plenitude do Sacerdócio. Daí se compreende, também, a veneração que prestamos e devemos aos nossos Bispos.