Harmonia, fruto da caridade

Caridade! Virtude desconhecida no paganismo e apenas vislumbrada no Antigo Testamento, desceu à Terra com o Verbo de Deus e se difundiu na humanidade como divino perfume do próprio Jesus Cristo. É por ela que todos se harmonizam: grandes e pequenos, poderosos e desvalidos.

Movidos pela caridade, incontáveis homens e mulheres mais dotados de fortuna transformaram-se, ao longo da História, em verdadeiros anjos de proteção e dedicação aos pobres e miseráveis. Pelo impulso da caridade, os corações e as bolsas se abriram: edificaram-se hospitais, alimentos foram distribuídos, dores aliviadas, lágrimas enxugadas e corpos gélidos aquecidos. Quão belos espetáculos a caridade protagonizou no relacionamento entre ricos e pobres!

O que seria dos pobres, se ricos não houvesse para consolá-los com sua ajuda? E, se não existissem os pobres, como poderiam os ricos praticar esse amor de misericórdia, do qual o Sagrado Coração de Jesus é a fornalha ardente?

Caridade! Regra perfeita de uma sociedade verdadeiramente conforme ao Evangelho, na qual os ricos, sem terem de renunciar à sua riqueza, são irmanados em Cristo com os pobres; e estes, mesmo não se enriquecendo, veem naqueles a mão dadivosa de Deus.

Nessa sociedade germinará e florescerá, até o fim dos tempos, o ideal descrito pelo Apóstolo:

“A caridade é paciente, a caridade é bondosa, não tem inveja. A caridade não é orgulhosa, não é arrogante nem escandalosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. […] Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais acabará” (I Cor 13, 4-8).

 

(Adaptado da revista Arautos do Evangelho, nº 139, julho de 2013, p.5. Para acessar a revista Arautos do Evangelho do corrente mês clique aqui )

 

Ilustrações: Arautos do Evangelho, Gustavo Krajl.

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