O segredo do sucesso no apostolado

Acabávamos de chegar de uma jornada de formação para jovens. Estávamos contentes, pois muitos ficaram entusiasmados com as perspectivas de progredir na virtude, fazer bem aos colegas, enfim de sair da rotina na qual, muitas vezes, o interlocutor é um frio computador, os “amigos” são virtuais e a única distração é um vídeo game ao fim do qual sentiam-se frustrados.

O que lhes foi dito sobre a verdadeira felicidade, abriu em suas almas panoramas e possibilidades insuspeitadas até então.

No meio do nosso contentamento, vimos com alegria chegar o Monsenhor João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho. Queria nos dizer algo.

O que seria?

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Sonhe que Deus realiza

Santa Teresinha do Menino Jesus

Deus em sua infinita bondade nos inspira sempre tudo que d’Ele nos aproxime. De nossa parte, desde que sejam coisas de acordo com a vontade divina, para a sua glória, nosso bem e do próximo, podemos desejar grandes coisas, confiantes no amor d’Ele por nós e na sua onipotência. Continue lendo Sonhe que Deus realiza

Harmonia, fruto da caridade

Caridade! Virtude desconhecida no paganismo e apenas vislumbrada no Antigo Testamento, desceu à Terra com o Verbo de Deus e se difundiu na humanidade como divino perfume do próprio Jesus Cristo. É por ela que todos se harmonizam: grandes e pequenos, poderosos e desvalidos. Continue lendo Harmonia, fruto da caridade

Mandamentos: obstáculos ou asas para voar?

Há pessoas que acham serem os Mandamentos como que obstáculos que Deus põe no caminho e fica espreitando para ver quem tropeça e cai.

Nada mais longe da realidade do que essa ideia distorcida —e até ofensiva a Deus — do que são os Mandamentos. Vejamos porquê.

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Quando voltaremos à casa paterna?

Haveria um paralelo entre o filho pródigo do Evangelho e a atual situação da humanidade?

A liberdade e a razão são os dons mais preciosos recebidos do Pai. Em certo momento o homem resolveu utilizar esses dons separados de Deus, por assim dizer, fora da casa paterna. Num processo multissecular, primeiro rejeitou a autoridade da Igreja, em seguida a divindade de Cristo e, por fim, negou a própria existência de Deus.

Construiu um poderoso império: progrediu nas artes, nas letras, nas ciências, nas leis, nas comunicações… Parecia ter chegado a uma era de esperança, de alegria e de paz! Continue lendo Quando voltaremos à casa paterna?

Previsões para 2018, ou melhor, atitudes para esse ano

“Nossa atual mania de pesquisas e previsões é sintoma de nossa incerteza crônica em relação ao futuro. Mesmo quando as previsões se revelam erradas, continuamos atrás delas. No passado, as sociedades tinham uma forte noção de uma vida eterna após a morte e, por isso, eram indiferentes a prognósticos, adivinhações e ‘profecias’” ⁽¹⁾.

Esta frase estava num folheto na sala de espera do dentista. Sobre ela, alguém havia escrito em letras bem grandes:

“É isso mesmo: deixamos de acreditar no certo para acreditar em charlatães!!!”

Por que trocamos o certo pelo duvidoso?

Um trecho do Evangelho, comentado no “Livro da Confiança” dá a atitude mais coerente com nossa fé.

“Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?

E por que vos inquietais com as vestes? Olhai os lírios do campo; não trabalham nem fiam. Entretanto, eu vos digo: nem o próprio Salomão no auge de sua glória se vestiu como um deles.

 Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé?

Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos?

São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso” (Lc 6, 26-32).

Analisemos bem as palavras de Jesus:

Deus não nos trata com mesquinhez. No exercício de sua providência, como na Criação, Deus é de uma imensa prodigalidade.

Olhemos o Universo: quando Ele lança os mundos através dos espaços, tira do nada milhões de astros.

Para alimentar os pássaros, dá-lhes a mesa opulentíssima da natureza: os frutos que o sol amadurece, as sementes que o lavrador lança nos sulcos dos arados, os grãos das imensas plantações. Que lista variada para a alimentação desses humildes bichinhos!

Quando cria os vegetais com que graça enfeita as suas flores! Lavra-lhes a corola como se fossem joias preciosas, lança deliciosos perfumes em seus cálices, tece-lhes as pétalas de uma seda brilhante e as adorna com pinturas que os melhores artistas invejam.

E, tratando-se do homem, a sua obra-prima, o irmão adotivo do Verbo Encarnado, sua generosidade seria menor? ⁽2

Jesus conclui seu ensinamento, dizendo:

“Vosso Pai conhece as vossas necessidades. Procurai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Lc 6, 32-33).

Quando procuramos só o acréscimo, é possível que não tenhamos o Reino de Deus…

 

(1) Eric Hoffer (escritor norte-americano, autor de várias obras premiadas.) apud Pensamentos salutares, s/n, citado em folheto sem indicação de editor.

(2) Adaptado do Livro da Confiança, Pe. Thomas de Saint-Laurent. (Este magnífico livro é encontrável nas livrarias católicas ou via internet)

 

Ilustrações: Arautos do Evangelho, pixabay

Em graça concebida

Há um século e meio, em dezembro de 1854 o Beato Papa Pio IX, proclamava o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, para o regozijo de todo orbe cristão.

Sublime prerrogativa esta, a de ser preservada de toda mancha!

Se analisarmos mais detidamente, veremos que este dogma encerra não só um aspecto negativo— ter sido Ela concebida sem pecado — mas também, necessariamente, o aspecto positivo: Maria foi concebida em graça e, como afirma o Concílio Vaticano II, foi “enriquecida, desde o primeiro instante da sua Conceição, com os esplendores duma santidade singular. (¹⁾

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Dois modos de ver o Menino Jesus

É noite, noite fria, noite de inverno. Na cidade agora deserta, as poucas réstias de luz provêm do aconchegado interior das casas, filtradas por portas e janelas tão bem fechadas quanto possível à pobreza do lugar. E pelas ruas vazias vagueia um casal cansado, à busca de hospedagem… Aparentemente, nada há de mais banal que esta cena. Continue lendo Dois modos de ver o Menino Jesus

Esperteza, uma virtude esquecida

É frequente encontrarmos quem ache que, pelo fato de alguém procurar ser bom, é um tolo, qualquer um engana, etc. Desse modo procuram associar a idiotice aos bons e a esperteza aos maus.

Essa visualização faz muitos que querem ser bons, velarem e diminuírem seu desejo e, às vezes, darem ares de “maus”, para serem aceitos pelo mundo. Continue lendo Esperteza, uma virtude esquecida