Alegria no Colégio

Os alunos do Colégio Estadual La Salle tiveram uma “surpresa extra-curricular”: o conjunto musical dos Arautos do Evangelho fez para eles a apresentação de músicas pitorescas como costuma ser no Projeto Futuro e Vida.

As atuações do Projeto visam motivar o jovem a desenvolver sua cultura e o gosto pelas artes cênicas e musicais, através de um ensino vivo e rico em ética, história e cidadania; oferecer o esporte como meio de lazer, ajudando na formação de uma mente sã num corpo sadio.

Tratando-se de uma proposta cultural, o Projeto Futuro e Vida quer proporcionar às novas gerações a alegria do bom comportamento e da retidão, oferecendo por meio da música, do teatro e do esporte, uma nova opção para a juventude, a fim de formar um mundo melhor.

Padre Ryan Murphy recolhe impressões dos alunos

Esta atividade cultural-humanitária visa incutir no coração de cada aluno um sadio ideal, para que ele se torne um difusor desses valores na sociedade. Damos com isso uma oportunidade para melhorar o rendimento escolar, a qualidade de vida e a inclusão social.

O Padre Ryan Murphy, EP, assistente espiritual dos Arautos em Curitiba, fez uma pequena introdução explicando quem somos e no que consiste o Projeto: música, teatro e defesa pessoal.

A apresentação musical é muito participativa: ora os alunos devem identificar de que país é uma música, ora darem sua opinião sobre algum trecho ou instrumento tocado.

A seguir é apresentado individualmente cada instrumento: A percussão com um toque próprio, a tuba como o mais grave em matéria de som, o trombone cuja peculiaridade é a vara, a trompa o instrumento mais cumprido em extensão se for desenrolado, e por último os trompetes, que fazem melodia principal da música.

Termina-se a apresentação somente com os instrumentos de percussão, chamado com um toque “Desafio”, pois eles vão tentar fazer os três elementos da música através do som de cada um com seus matizes e dos movimentos de baqueta no ar, fazendo assim a harmonia.

Nos vários momentos em que os alunos acertam responder questões levantadas, ganham uma flauta. E em geral já saem tocando-a…

Foram muito gratificantes os agradecimentos e incentivos da Direção e professores no final da apresentação.

Harmonias

Seria possível compor uma música com uma nota só?

Na medida que se possa chamar de música o som de uma sirene ou de uma buzina, sim. Mas aí seria um único tom, seria mono tom, seria monótono: esse é o significado da palavra “monótono”. Um só (“mono”) som (tono).

É o mínimo que se poderia dizer de um único som: monótono.

Para haver beleza, a música deve ter uma variedade de sons. Só havendo variedade é possível harmonia.

Vejamos, então, uma música.

A Santa Igreja Católica é a grande sinfonia criada por Deus para os ouvidos da nossa alma. Sinfonia que reflete a variedade de atributos do Criador, suas infinitas perfeições.

No dia 6 de outubro a Igreja comemora uma das notas musicais inspiradas poe Ela: São Bruno, fundador da Cartuxa, uma das ordens religiosas mais ciosas da perfeição, a brilhar nos céus da Santa Igreja.

São Bruno viveu nos últimos anos do século XI. Inspirado por Deus, fundou o Ordem dos Cartuxos, que na solidão, no perpétuo silêncio e austera simplicidade busca a perfeição da vida contemplativa. A Ordem tem um lema: “Nunca reformada porque nunca deformada”, expressão de sua fidelidade ao carisma original do Fundador.

Para aquilatarmos a obra de São Bruno, vejamos como se passa a vida de algum de seus filhos espirituais. Para isso, penetremos na austera cela onde um cartuxo reza. À sua frente um crucifixo relembra a morte mais dolorosa que jamais houve. Revestido de um simples e pobre hábito, parece a personificação da gravidade, da resolução varonil de só viver para o que é verdadeiro, eterno, de nobre simplicidade e espírito de renúncia a tudo quanto é da terra. Pobreza material enfim, iluminada pelos reflexos sobrenaturais da mais alta riqueza espiritual. ⁽¹⁾

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Consideremos a outra ilustração: o Concílio reunido na Basílica de São Pedro. É uma feeria de cores, luzes e pompas numa cena histórica. Tudo se reveste de uma grandeza, que é o suprassumo do que a terra pode apresentar de mais belo.

O que em uma foto é gravidade recolhida, no outro é glória irradiante. O que em um é pobreza, no outro é fausto. O que em um é simplicidade, no outro é requinte. O que em um é renúncia às criaturas, no outro é a superabundância das mais esplêndidas dentre elas.

Pode-se, então, ao mesmo tempo amar a riqueza e a pobreza, a simplicidade e a pompa, a ostentação e o recolhimento? Pode-se a um tempo louvar o abandono de todas as coisas da terra, e a reunião de todas elas para a constituição de um quadro em que reluzem os mais altos valores terrenos, reflexos da Beleza infinita de Deus?

Existe uma contradição?

Não, pelo contrário, a Igreja Se mostra santa, e sabe estimular a prática das virtudes presentes na vida obscura do Monge, e no esplendor de São Padro. Uma coisa se equilibra com a outra, um extremo (no sentido bom da palavra) compensa a outro e com ele se harmoniza.

Na austeridade do Monge, se vai até Deus considerando o que as coisas não são. No esplendor da Liturgia se sobe até Ele.

A Santa Igreja convida os seus filhos a irem por uma e outra via simultaneamente. Pelo espetáculo sublime de suas pompas, e pela consideração das admiráveis renúncias que só Ela sabe inspirar e fazer realizar.

Como numa música bem composta, as diversidades combinadas harmoniosamente são o fator de beleza.

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⁽¹⁾ Adaptação de trechos do artigo “Pobreza e fausto: extremos harmônicos no firmamento da Igreja”, Plinio Corrêa de Oliveira, jornal Catolicismo, nº 96.

O Broche de ouro

A Santíssima Trindade coroa
Nossa Senhora

A Igreja louva duas atitudes aparentemente opostas mas, na realidade, complementares uma da outra: a aceitação dócil da verdade, ainda que não se conheça todas as razões e de outro lado, o procurar amorosamente as razões de ser daquela verdade.

Ambas atitudes são desejadas pela Santa Igreja, pois numa há um aceitar como o de um filho que atende o chamado da mãe, porque é mãe. De outro a do filho que, para mais amar, procura compreender as razões, ver os princípios nos quais se baseia a mãe.

Hoje, dia de Nossa Senhora Rainha, vejamos uma das razões pelas quais a Igreja A intitula assim.

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